O Comitê Interinstitucional de Enfrentamento às Violências contra as Mulheres, coordenado pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), encerrou 2024 com um balanço positivo das ações realizadas. Em seu primeiro ano de atividade, o colegiado promoveu avanços significativos na articulação de políticas públicas, com destaque para a ampliação da rede de proteção e conscientização sobre a violência contra a mulher.

Entre as iniciativas mais impactantes, está a implementação das Câmaras Técnicas, como a voltada às Mulheres Indígenas em Situação de Violência e o Observatório da Violência Contra a Mulher, que consolidaram dados e promoveram diálogo intersetorial para melhorar o atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade. O Comitê também participou de campanhas educativas, tais como a VII Caminhada pelo Fim da Violência e o compartilhamento de materiais informativos que fortaleceram a rede de enfrentamento.

A secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa Leandre Dal Ponte destacou o sucesso da "Campanha 21 Dias de Ativismo", que mobilizou instituições públicas e privadas em ações que culminaram no lançamento de programas como o "Selo Viajantes + Seguras", voltado para a segurança de mulheres no turismo, bem como outros projetos dedicados às mulheres. “Esse ano foi marcado pela união de esforços e pela criação de políticas integradas, mostrando que o Paraná tem se comprometido em liderar ações para a prevenção e combate à violência contra as mulheres”, enfatizou.

21 DIAS DE ATIVISMO – No Brasil e no Paraná, a campanha teve início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, considerando a dupla vulnerabilidade da mulher negra, e se estendeu até o último dia 10 de dezembro, data na qual foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que também tem o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade. 

DESAFIOS – Para 2025, segundo a chefe da Pasta, os desafios incluem o fortalecimento da logística entre órgãos públicos e o aumento do escopo do comitê para contemplar as políticas de educação e cultura, fundamentais para a prevenção das violências. Para isso, está em desenvolvimento um plano estratégico que contempla novas parcerias e a regulamentação de legislações, além da construção de diretrizes e metodologias de atuação junto aos autores de violência, buscando interromper os ciclos de violência.

Com reuniões já agendadas para o próximo ano, o Comitê espera consolidar o Paraná como referência nacional no enfrentamento à violência de gênero, garantindo proteção e dignidade às mulheres em todas as suas diversidades.