Iniciativa da Semipi abre espaço para incluir salas de amamentação em novas obras no Estado 02/02/2024 - 15:32
A iniciativa da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) em disponibilizar sala de apoio à amamentação dentro do Poder Executivo para servidoras lactantes, abriu portas para outros projetos semelhantes no Estado.
O projeto é uma das medidas que fazem parte um pacote de ações de proteção e valorização as mulheres servidoras anunciadas em março de 2023 pelo Governador Carlos Massa Ratinho Junior.
A primeira sala de amamentação foi instalada no Palácio Iguaçu, uma obra com mais de 70 anos por onde já trabalhou centenas de mulheres, gestantes, lactantes e não tinha essa estrutura de apoio. O trabalho da Semipi foi no intuito de viabilizar uma proposta que promove a mulher nas mais diversas áreas, inclusive na área da saúde.
A proposta das salas de amamentação foi desenvolvida em parceira entre Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Controladoria-Geral do Estado (CGE), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Secretaria de Estado de Administração e Previdência (Seap), Secretaria da Comunicação (Secom), Secretaria das Cidades (Secid) e Casa Civil e, a partir do projeto, será prevista nas novas obras do estado que tenham alta densidade de mulheres na utilização.
Também está em desenvolvimento um plano de metas para as obras existentes, a exemplo do Palácio Iguaçu, que precisam e ainda não dispõem dessa estrutura de apoio a amamentação.
O espaço adequado com equipamentos que proporcionam privacidade e funcionalidade para as lactantes se tornou um incentivo para que outras unidades da administração pública, direta, indireta, fundações, autarquias e empresas públicas, passem a seguir o exemplo.
Depois da primeira sala ser inaugurada em dezembro do ano passado na sede do Poder Executivo, na capital, o município de Jacarezinho, no Norte Pioneiro, aderiu a prática. A cidade foi escolhida para participar de um projeto-piloto do Ministério da Saúde para instalação de salas de apoio à amamentação em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
“A criação de uma secretaria voltada especificamente para a defesa dos direitos da Mulher traz grandes avanços para as políticas públicas para as mais de 6 milhões de mulheres e meninas paranaenses. As salas de apoio a amamentação demonstra o respeito e a preocupação legítima do poder público com as mulheres e com as crianças pois o aleitamento materno é crucial para o desenvolvimento do bebê”, afirma a secretária Leandre Dal Ponte.
Diferente da iniciativa da Semipi em que a sala de apoio à amamentação é voltada a servidoras dentro do projeto de valorização da mulher na administração pública estadual, em Jacarezinho o projeto-piloto visa apoiar mães que trabalham fora, especialmente no mercado informal, e que não dispõe de um espaço reservado para amamentação.
A medida garante um local apropriado e seguro para retirar e armazenar o leite, além de acompanhamento e apoio médico.
A sala de apoio à amamentação no Palácio recebeu acompanhamento da área técnica da Sesa e cumpriu exigências legais para ser certificada pelo Ministério da Saúde. A chancela atesta que a sala está dentro dos padrões exigidos, tanto para o atendimento das mulheres como para o armazenamento do leite materno. Isso permite que o leite coletado possa inclusive ser doado a um Banco de Leite, contribuindo para a amamentação exclusiva até seis meses de idade de mais crianças, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde.
AMAMENTAÇÃO – A importância do aleitamento materno se traduz em números. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que cerca de seis milhões de vidas são salvas todos os anos devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Além disso, a morte de crianças menores de cinco anos em todo o mundo por doenças preveníveis pode ser reduzida em até 13% devido ao aleitamento materno. O Ministério da Saúde orienta que a amamentação ocorra, exclusivamente com leite materno, até seis meses de vida.